quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Encontradas evidências diretas de ondas gravitacionais

Cientistas da Universidade de Harvard encontraram as primeiras evidências diretas de Ondas Gravitacionais observando a Radiação Cósmica de Fundo.

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Essa é uma notícia esperada desde a descoberta do Bóson de Higgs. Em uma conferência, a equipe de cientistas do Instituto Smithsoniano de Harvard anunciaram as principais evidências que mostram a existência das ondas gravitacionais.
Ao desenvolver a Teoria da Relatividade Geral, Einstein previu que a aceleração de grandes massas formariam ondas através do espaço, assim como uma onda formada na superfície de um copo d’água. Entretanto, até o momento haviam diversas evidências indiretas que indicavam que as ondas gravitacionais poderiam ser detectadas a partir da polarização da Radiação Cósmica de Fundo.
Para quem não conhece, a Radiação Cósmica de Fundo é uma quantidade de radiação de micro-ondas observável em qualquer direção do espaço. Ela é considerada como uma evidência direta da teoria do Big Bang, já que esta radiação foi emitida enquanto a estrutura do Universo se expandia e resfriava, permitindo com que os fótons viajassem livremente pelo espaço, e as primeiras partículas elementares começaram a se formar.
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Os dados foram coletados entre 2010 e 2012 por um detector chamado BICEP, localizado estrategicamente numa estação de pesquisa no Pólo Sul. A baixa temperatura e o ar seco tornam este lugar inóspito num ótimo ambiente para analisar a polarização da radiação cósmica de fundo.
Segundo John Kovac, professor do Centro de Astrofísica de Harvard, os dados coletados indicaram que a polarização da CMB medida apresentava um fator de polarização acima do esperado.
A descoberta dessas ondas avançará os estudos da cosmologia num novo passo: com estas informações, será possível entender como o Universo evoluiu nos seus instantes iniciais, passando por um período conhecido como expansão inflacionária. Além disso, o estudo destas ondas ajudará no desenvolvimento da chamada Teoria da Grande Unificação, que poderia unificar diversas áreas da física.

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