sexta-feira, 4 de julho de 2014

Especial treinamentos eróticos: Sexo Oral



Final da tarde de uma quarta-feira. No terceiro andar de um prédio comercial de Ipanema, bairro nobre do Rio de Janeiro, três mulheres aguardam ansiosas e um pouco constrangidas pelo início da aula. O traje da professora, shortinho e blusinha decotada, deixa claro de que não se trata de uma aula tradicional. Entre os objetos de estudo, próteses penianas de borracha e camisinhas; o curso de “práticas picantes” vai começar.Depois de uma rápida apresentação, a professora Rozana Rezende, 36 anos, pede para que as alunas se apresentem e escolham uma prótese peniana e uma camisinha. “Vamos colocar com a boca?”, sugere. Rozana continua: “Depois dessa aula vocês terão condições de fazer 45 minutos de sexo oral sem dificuldade”. Alvoroço. Ela explica: “Hoje vocês não conseguem porque não estão respirando direito e logo ficam cansadas. Além disso, não sabem explorar o pênis por inteiro. Se ficarem fazendo só os mesmos movimentos, nem os parceiros vão aguentar tanto tempo!”.
Dito isso, Rozana consegue a máxima atenção das alunas, ainda um pouco incrédulas. E ela trata de dizer: “A aula é prática, então eu quero que vocês acompanhem tudo, mas que façam também. Por isso cada uma tem a sua prótese”. Todas parecem animadas e, a essa altura, sem vergonha. 

C.C., a mais nova do grupo e prestes a se casar, diz ter convencido as amigas a participarem do curso com ela. “A proximidade do casamento foi só um pretexto. Queria muito aprender coisas novas”, conta. E afirma que, apesar de ter escolhido o curso pelo nome, ainda não tem ideia do que será ensinado. 

Ivone Perez
Rozana mostra cada parte do pênis e os locais mais sensíveis

O primeiro passo, fala Rozana, é conhecer a própria língua. “É como se cada pedaço dela fosse um andar diferente”. E continua: “O primeiro andar é a pontinha, o segundo é o meio, e o terceiro é a parte lá de trás. Um bom sexo oral explora os três andares, cada um tem uma textura diferente”. E apresenta, na prática, os tipos de estímulos que podem ser feitos só usando a língua. Olhando atentas, as meninas repetem passo a passo. 

A euforia dá lugar ao silêncio, e a aula, que parecia uma grande brincadeira, ganha um tom mais sério. “Comportamento tem mesmo que ser levado a sério”, pontua a professora. E assim elas aprendem a deslizar suas bocas sem machucar o pênis com os dentes.
Trabalhar a musculatura da bochecha, girar a língua, relaxar e pressionar os lábios são expressões usadas durante toda a aula. “Cada movimento pode ser repetido quatro ou cinco vezes, sem regras nem roteiro”, anuncia a professora. 

Pausa rápida para um elemento novo: o gel lubrificante. “Esse tem gostinho de canela e esquenta”, mostra Rozana. Ela pede para as alunas provarem e espalharem pelas próteses. “Agora vocês podem chupar, assoprar. Vai esquentar e eles vão adorar”, diz.
A próxima atração é o truque do espumante. A professora ensina algumas brincadeiras com o líquido e garante que ele deixa a boca mais confortável para a prática do sexo oral. “É gostoso mesmo!”, dispara M.C., de 28 anos. 

Ivone Perez
Um truque: champanhe para turbinar o sexo oral

Mas a professora alerta: “Vocês têm que comandar. Não podem deixar que o homem faça os movimentos, caso contrário, ele poderá machucá-las”. E sentencia: “Você vai proporcionar prazer para o seu homem, mas do seu jeito, sentindo prazer também. É assim que tem que ser”. 


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